IPÊ AMARELO
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FOTO IPÊ AMARELO - JARDIM CE |
O
ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a
atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o
então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécieTabebuia vellosoi, a
Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.
Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da
qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou
madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar.
Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia
cassinoides), uma árvore de madeira leve da
região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos,
instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos.
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa
árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez
espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas,
amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais
conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e
flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas
regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na
Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho. De forma geral os ipês ocorrem principalmente em
florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e
na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre
na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome
científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos
ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus.
Conhecidos por sua beleza e pela resistência e
durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de
telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas
dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é
muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval.
Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de
ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é
grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30
metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das
outras árvores.
As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10
metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das
flores produz um belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das
ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades.
Não é a toa ter inspirado tantos poetas.
“Ontem floriste como
por encanto,
sintetizando toda a primavera;
mas tuas flores, frágeis entretanto,
tiveram o esplendor de uma quimera. Como num sonho, ou num conto de
fada,
se transformando em nívea cascata,
tuas florzinhas, em sutil balada,
caíam como se chovesse prata...”
(Sílvio Ricciardi)
Sendo uma espécie caducifólia, o período da
queda das folhas coincide com a floração que se inicia no final do inverno.
Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do
ipê amarelo. As flores desta espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente
beija-flores que são importantes agentes polinizadores.
As mudas de ipê, sejam amarelos, roxos, rosas,
brancos ou verdes, estão entre as mais procuradas no viveiro Jardim das
Florestas. Essas espécies também são muito utilizadas pela Apremavi nos
projetos de restauração florestal.
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IPÊS AMARELO |
Ipê-amarelo
Nome cientifico:Tabebuia
chrysotricha (Mart. Ex A.DC.)Standl.
Família: Bignoniaceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, cercas,
molduras, postes, tábuas, rodapés, etc. espécie muito utilizada pelo paisagismo
urbano.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura
espontânea dos frutos.
Época de coleta de sementes: outubro a novembro.
Fruto: legume deiscente.
Flor: amarela.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Observação: semear logo após a coleta, pois perde rapidamente poder
de germinação. A cobertura das sementes nas sementeiras deve ser uma fina
camada com substrato leve.
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Fotos:
Edegold Schaffer, Miriam Prochnow e WigoldB. Schaffer